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11 de out. de 2011

O que fazer com o produtor do espermatozóide - eis a questão!



Olá querida mãe solteira!

Chegou? Voltou? Bem vinda!

Hoje o assunto será o seguinte: homens.

Não os nossos futuros homenzinhos, filhos lindos que, queira Deus, saberemos educar de forma a respeitar o próximo (ou próxima) e assumir responsabilidades na vida. 

Homens de modo geral, tipo esse aí que foi prestimoso e carinhoso com você, que fez juras de amor eterno e acabou te deixando com um ovulozinho fecundado no útero.

No meu caso não houve juras de amor, sabe. Eu estava afim, ele também... Só não contava com a fecundação, mas enfim, não fosse ela não estaríamos aqui, não é mesmo?

Dizem que homens demoram mais que mulher para amadurecer, que homens são isso, são aquilo, que são tudo o que você tiver em mente agora para usar contra o Fulano que te engravidou e deu um pé na sua linda bundinha depois.

Não me interessa muito – e não deveria interessar a você também – o que dizem sobre eles.

O que deveria interessar é o seguinte:

Vale à pena?

Você está aí agora, grávida ou com um filho/filha nos braços, tendo que “se virar nos 30” para dar conta de tudo e então pára e começa a ocupar sua linda cabecinha com o Fulano. Tudo o que ele fez e tudo o que ele falou, o quanto te magoou, o quanto você o odeia e se não fosse ilegal você até pegaria uma espingarda e daria um tiro no meio da fuça do infeliz.

Vale à pena?

Outro dia eu caí em tentação...

Lipe é meu e registrado apenas em meu nome. Aí a tentação de poupá-lo de futuros pré-conceitos me tomou e me arrebatou e me possuiu por inteira e eu estava quase indo parar lá no portão do Fórum para requerer paternidade, alimentação e tudo o mais que meu rebento tem direito.

Porque direito garantido por Lei nossos filhos tem, queira o Fulano ou não. E se quisermos, podemos requerer cada um deles!

No meu caso, quando caí em tentação, pensei o seguinte: hoje estou podendo suprir o básico na vidinha do Lipe e estou trabalhando no sentido de poder dar mais que isso num futuro próximo (faculdade tá terminando!). E quando eu não puder dar nem isso?

Decisão: vou requerer paternidade e pensão e que se lasque o Fulano, porque meu filho tem esse direito e ponto final!

Linda decisão, concordo.

Estava mesmo acreditando ser a mais sábia de toda a minha vida.

Parabenizei a mim mesma: Você teve uma epifânia!!!
Epifânia: 4. Fig. Percepção intuitiva da essência, do significado de algo ou da realidade, por meio de algo corriqueiro, inesperado;

Meu filho teria o nome de um pai no registro de nascimento e uns parcos reais em uma conta poupança para garantir a época das vacas magras, caso ela resolvesse dar as caras por aqui.

Mas e???

Mais nada!

Seria um nome num registro. Ponto. Uma merreca numa poupança – porque quando fiz o Lipe não liguei muito para o fato do produtor do espermatozóide ter ou não posses (hormônios, sabe como é) – e ponto.

Então a certeza começou a capengar e parei de novo para pensar.

O Fulano merece ter o nome no registro do meu filho?

Uma criança linda, saudável, inteligente, amorosa, carinhosa, teimosa, birrenta, gentil (quando convém...rs), educada, com um futuro brilhante esperando por ele, com sonhos que serão construídos e, queira Deus – e o esforço dele – serão concretizados, criativa, alegre, e mais uma porção de qualidades que não caberiam aqui (não sou mãe coruja, só sou realista).

E esse presente na minha vida que está aqui sossegadinho, de repente, terá o nome de um Fulano na certidão só porque eu, egoísta, quero privar a nós de pré-conceitos futuros.

A razão não fez muito sentido depois disso, sabe.

E o que quero dizer para você é o seguinte:

Vale à pena?

Se você acreditar que sim, vá em frente! Vou dar o maior apoio.

Caso contrário, nem ocupe mais sua linda cabecinha com o Sr. Fulano.

Afinal, você tem coisas muito mais urgentes e importantes para se ocupar agora: a maternidade!


Beijos a todas e boas reflexões!


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