Olá a todas!!!
Sejam sempre bem vindas!
Como sempre faço, andei
lendo alguns comentários das postagens e então resolvi abordar uma questão que
parece frívola, mas é complicada.
Mãe solteira tem direito a
ter uma vida social normal?
Hum... parece que não é
sempre assim.
E por que não é sempre
assim?
Alguém levanta a mão
primeiro?!
Alguém chuta?
PRECONCEITO!
Parece que somos putas
desvairadas que querem sair para a balada para engravidar de novo o mais rápido
possível, não parece?
Ainda mais quando não temos independência
financeira e por obra do maldito destino tivemos que voltar (ou nem sair) para
a casa de papai e mamãe.
Muitas aqui devem ter optado
por ter uma aventura e engravidar ou procurar um banco de espermas e tal, mas a
maioria são mães que namoravam e engravidaram e acabaram sendo abandonadas
pelos príncipes encantados quando estes souberam da Boa Nova.
Então, depois de 09 meses de
gravidez, chorando o abandono e a incerteza da nova vida, depois de horas de
noite sem dormir, choros, banhos, fraldas, mamadeiras, papinhas, mais fraldas e
mais noite mal dormidas vemos que nossos rebentos estão mais grandinhos e já
não necessitam de nossa presença como nos primeiros meses de vida.
Então acontece o que é
natural, super natural:
O filho que antes preenchia
plenamente sua vida já não é mais suficiente e você – humana que é – deseja novos
ares, deseja um dia (ou uma noite) de folga da maternidade.
Quer sair com os amigos e
amigas, ir a um bar, dançar, quer um pouquinho daquela antiga liberdade total de
volta, nem que seja por poucas horas.
Mas eis que a maldição da “Mãe
Solteira” recaí sobre você.
- Então, pai e mãe, minha
amiga Cicrana me chamou para sair hoje e eu pensei que o Pedrinho podia ficar
com vocês por algumas horas. Só para eu fazer companhia pra Ci, porque ela não
quer ir sozinha e insistiu tanto que não vejo problemas em deixar o Pepe com
vocês. Isso é, caso vocês não se incomodem por ficar com o neto de vocês, que
estará dormindo, claro, porque já o acordei cedinho hoje e, no máximo, às 21
horas ele estará roncando. Posso ir?
Opa! Pérai!!!
Posso ir?
Pois é, minha amiga. Se você
depende da ajuda de avos provavelmente dirá essa frase algumas vezes na sua
vida. Mas creio que o pior do que pedir para sair, como se, de repente, você
voltasse a ser a filha adolescente é o menor dos problemas.
O problema são os bicos, as
caras amarradas, a má vontade e aquele ar de quem está pensando “ela vai
aprontar de novo” estampada na cara de papai e mamãe.
Isso aconteceria caso você
estivesse junto a um macho da espécie?
Não!
Lembro que na minha infância
passava mais tempo na casa das minhas avós do que na minha casa.
Sempre que meus pais queriam
sair, não se abalavam e deixavam a mim e meu irmão na casa de alguma avó ou
tia.
Nunca ouvi comentários do
tipo: vão aprontar de novo.
Então por que passamos por
isso?
PRECONCEITO.
Depois dizem que isso não
existe e que estamos todas surtadas, numa esquizofrenia coletiva, pois onde já
se viu falar que existe preconceito contra mães solteiras!?
Então, diante dos fatos, o
que fazer?
Podendo: pague uma babá.
Não podendo: diga que
precisa de um tempo para você, que ainda é nova, que está sozinha e que não vai
arrumar namorado trancada dentro de casa.
Quem sabe com a visão de que
logo, logo você poderá engrenar um namoro e sair de casa seus pais não aliviem
seu lado?
Isso existe, é triste, mas é
mais uma das situações que temos que aprender a enfrentar.
Não podemos paralisar nossas
vidas porque temos um filho lindo e amado.
Temos que ter vida social,
sim!
Eu, quando prevejo os bicos
e caras feias, saio pela tangente; peço para alguém que eu sei que não vai se
importar.
Pode até falar “não vai
aprontar” (porque parece que está associado o fato de mãe solteira sair para
balada com nova possível gravidez), mas pelo menos por algumas horas você
poderá se encontrar com você mulher.
Ser mãe é a melhor
experiência do mundo! Mas, às vezes, precisamos ser mulheres também.
Beijos em todas e boas
reflexões!