Olá queridas Mães Solteiras!
Espero que a vida e a sociedade, como um todo, estejam pegando leve.
Ai estou eu aqui lendo comentários de vocês e acabei me perguntando: por que diabos resolvi criar esse site?!
Não tenho todas as respostas e nunca foi minha pretensão tê-las, mas é tarefa ingrata ler os comentários, os pedidos de ajuda, de apoio, de esclarecimento e saber que não possuo respostas para todas as perguntas.
Quando é algo mais objetivo pedimos ajuda ao nosso departamento jurídico ou psicológico e respondemos ou o que dizem teóricos da psicologia ou o que diz a lei.
Mas são tantas as questões!
E tantos os comentários sem noção, sem senso de civilidade, que me questiono se terá valido a pena.
O lado bom é que acabou sendo um espaço de troca de experiências e, ainda que nos ausentemos de publicações semanais, vocês contribuem de forma magnífica com o site, discutindo, debatendo, apoiando-se.
Quanto aos comentários sem noção que leio às vezes e que, vez ou outra, opto por apagar, bem, não tenho muita coisa a dizer.
Na verdade tenho sim.
Não vou ser hipócrita e dizer:
- Nunca existiu “golpe da barriga”! Vocês estão alucinando! Isso é lenda.
Entretanto generalizar o gênero mulher e afirmar que mulheres engravidam para prender o homem é, no mínimo, falta de informação.
Caso os anônimos se deem ao trabalho de ler os comentários perceberão que a realidade tende a ser outra.
Mas como costumo fazer, posso falar por mim.
Nunca quis que o produtor do espermatozoide se casasse comigo para que pudéssemos formar uma linda família feliz e quadradinha (ou seria triangularzinha?), como manda a sociedade.
Engravidei e ponto.
Erro de quem? Meu e dele! Se bem que não vejo meu filho como um erro. Foi a melhor experiência que já tive - e tenho - na vida e sou grata por ter tão amável ser em minha vida. Mas caso tivesse me precavido ele poderia ter vindo em outro momento...
Não sou a única que tem obrigação de se prevenir. Não tem lei que diga que eu, enquanto mulher, possuo o encargo da prevenção.
Claro que dei bobeira, pois poderia ter pegado mais do que barriga (tá, isso foi péssimo, eu sei)... (mas é verdade!)... e hoje poderia estar tomando algum coquetel nada saboroso.
Mas a questão que sempre proponho quando falo sobre produtores de espermatozoides parece básica demais para o entendimento e compreensão de algumas pessoas:
Presumimos que o encontro aconteceu com consentimento de ambos. O sexo rolou. Ambos tiveram orgasmos – ao menos o produtor teve, com certeza! A menstruação atrasou e o resultado do exame positivou.
O que fazer?
Eis que aqui o ponto chave de toda a discussão surge!
Mesmo que contra a lei é estupidez acreditar que não existe aborto neste país de meu Deus. Quantas mulheres acabam com infecções terríveis e ficam impossibilitadas para futuras gestações!? Quantas não acabam morrendo?
Então a mulher que estava namorando ou tendo um caso ou que só quis curtir a balada, como fazem tantos machos da espécie, fez uma opção:
- Aborto é crime. Não vou tirar meu filho. Vou ter essa criança. Vou amá-la.
Um segundo ponto chave surge a partir da continuidade da gestação:
- E o pai? “E agora, José?”
Retomando:
O encontro foi consensual, o sexo também de comum acordo, a gravidez ocorreu porque existia um óvulo e milhões de espermatozoides...
* abrindo parênteses:
(pensando bem sobre como a fecundação acontece, a responsabilidade do homem deveria ser bem maior! Só temos um óvulo ali, quietinho, na dele, paradinho, só esperando o nada para cair fora, como acontece a cada mês, quando, de repente, surgem milhares de espermatozoides lutando e se estapeando para provar quem deles é o mais forte e que irá penetrar tão inofensiva célula. Além de penetradas em nível macro, também somos penetradas em nível microscópico! Depois querem tirar o corpo fora! Fala sério! Entrou duas vezes e agora quer tirar? Faça-me o favor!!! Retomando)
... disputando o pequeno e inofensivo óvulo. Ambos não se preveniram. Ambos têm responsabilidade sobre a gravidez.
O que ocorre a partir de então, via de regra, é a mulher dizendo que engravidou e o produtor dizendo que não tem nada com isso.
A mulher tem o filho e pensa que depois irá buscar junto à justiça o direito do filho – aquele que ela não fez sozinha, lembra?
E a partir desse segundo ponto chave a mulher passa a ser a malévola que pretendeu aplicar o “golpe da barriga” no pobre coitado do rapaz.
Poderia ter outro desfecho: esse filho não nascer.
Quando leio comentários anônimos pelo site uma pergunta surge:
- Fosse você filho de mãe solteira teria preferido não nascer?
Bem, evitaria muita confusão, desgaste, infelicidade, inclusive e principalmente para a sua mãe, pois ela não teria que conviver com o estigma que é ser uma mãe solteira.
Então caros amigos e amigas, como já disse um rapaz muito do sabido: se você tá podendo, joga a primeira pedra. Se não, tenha o bom senso de não ser do tipo “o roto falando do esfarrapado”.
Bom senso não faz mal a ninguém!
Boas reflexões!
Dias melhores!