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27 de dez. de 2010

Mãe no mercado de trabalho.


Ser mãe solteira não é tarefa fácil.

Damos conta do recado endereçado a dois.

A civilização moderna construída em sociedade, em algum momento da história decidiu que seria mais fácil se o produtor do espermatozóide e a dona do óvulo habitassem sobre o mesmo teto.

O homem sairia para o trabalho árduo, provendo alimentação e segurança. A mulher ficaria em casa cuidando da prole.

Lá nas cavernas era assim que funcionava.

Aí veio o tal do Darwin que falou que vivemos em evolução.

Seguindo um processo evolutivo, mulheres queimaram sutiã para ter os mesmos direitos que os homens.

Depois da pílula anticoncepcional nós tivemos assegurado nosso direito de transar com qualquer um que se aproximasse (desde que quiséssemos, obviamente) sem precisar procriar.

Não contentes com a questão do sexo liberado, as mulheres decidiram que era hora de ocupar os mesmos lugares que os homens no mercado de trabalho.

Hoje não há limites profissionais para as mulheres.

Se você conhece alguma profissão na qual uma mulher não possa atuar, pode compartilhar seu conhecimento com a gente. Eu desconheço. (não vale doação de sêmen para inseminação artificial, ok?)

Liberadas as “periquitas” e podendo trabalhar na área que quiser, seguimos a tal da evolução.
Damos conta do recado? Creio que sim.

Mas será que a sociedade da conta da gente? Nós - mulheres independentes e mães - temos mesmo os mesmos direitos que os machos da espécie?

Com essa dúvida em mente saímos da frente do PC e buscamos resposta lá no lócus: o mercado de trabalho. Ou quem contrata, para ser mais exata.

Entrevistamos Janaína Bonfá, analista de recursos humanos, para desvendar os mistérios envoltos no processo de contratação em uma empresa de RH.

Perguntamos (eu) se as empresas têm preconceitos na hora da contratação, em relação a nós, mães solteiras.

Para nossa (minha) surpresa, o que ouvimos (eu) foi um “Sim” esperado, mas nada desejado.

Janaína nos disse que tinha ordens claras para não aprovar mães nos processos seletivos que estavam sob sua responsabilidade.

Diante disso o que nós podemos fazer? Involuir e voltar a coabitar com machos? Não que dividir a casa com um homem seja uma involução. Regredir é ter que fazer isso para poder sobreviver. Tentar um negócio próprio? Se esforçar mais que os outros para ter os mesmos direitos e deveres? Reclamar que não estão sendo justos com a gente? Mentir e omitir nossos filhos?

Eu, buscando um emprego, pensei que omitir não seria tão horrível assim. Ao menos me deixaria em pé de igualdade com os outros candidatos e eu não seria reprovada pelo fato de ser mãe.

“Mentir é antiético e logo vão descobrir a mentira. Aí você poderá ter problemas por isso” disse nossa fonte, que desaconselha a omissão.

Aí o ano novo está chegando e você ai, cheia de planos para seu futuro emprego, chega aqui e lê que existe preconceito em relação a sua condição de mãe. 

Você se pergunta “Como vou conseguir trabalhar se as empresas não querem contratar mães?”.

Pois é, esse é um questionamento meu também.

Se você tem uma resposta, escreve pra gente e compartilha.

Que tal, juntas, encontrarmos as respostas? Muitas cabeças pensam bem melhor que uma e a união faz a força e o povo unido jamais será vencido.

2 comentários:

  1. A especialista em RH recomenda não omitir, pois ela está sob a ótica da empresa. Eu recomendaria omitir e na hora em que o contrato for feito, abre o jogo. A pessoa que faz a papelada não é a mesma que aprova. Se a empresa chiar, diz que existem empresas anti-éticas (elas sim, anti-éticas!) e que resolveu omitir essa informação "insignificante" na avaliação de sua competencia.

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  2. Se dissemos q somos mães solteiras e com filhos pequenos é pior ainda, já fui a mtas seleções que passei por todas fases, e na final qdo me perguntavam a idade do meu filho, eu sempre fui dispensada, mesmo dizendo que ele ficava com a minha mãe no período q estava fora, até q na semana passada, fui entrevistada por um homem q me deixou de boca aberta, qdo eu disse q tinha um filho pequeno já explicando a situação q tenho com quem deixar, ele me disse no ato q estava contratada, pois nós mães solteiras, somos mais responsáveis e lutamos para alcançar melhores resultados...Pois é, fiquei passada qdo ele me disse isso, não deveria, pq afinal de contas é a mais pura verdade, mas nem td mundo encara dessa forma é uma pena

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