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1 de dez. de 2010

Primeira vez.


Hoje foi um dia que chegou “trazendo novidades”.

Tá! Todos os dias trazem algum tipo de novidade, cada dia é uma novidade.

Você acorda com o pé esquerdo e tudo dá errado ou acorda com o pé direito e tudo dá certo. O mais provável é você acordar com os dois pés e seu novo dia ser, basicamente, idêntico ao anterior. Certo?

Errado!

Nunca, nunca, nunca um dia é exatamente igual ao outro. 

E se para você os dias são todos iguais, sinto por ti, colega, pois está perdendo os detalhes que fazem TODA a diferença.

Voltando para o meu dia de novidade específica, hoje fui fazer a primeira matrícula da vida de meu pequeno pimpolho.

Você já sabe que sou mãe solteira, não é? Se não sabe, leia aqui ou aqui. Se já sabe, continua aqui mesmo. Se também é mãe solteira e quer compartilhar suas experiências, enviar sugestões e temas pode fazer por aqui.

Dia de matrícula no Jardim II, munida de todos os documentos, encaminhei-me à escola.

Jardim II !!!

Nome pomposo, não acham? Pena que a escola não seja, de fato, um jardim. Na realidade, o jardim passou longe de lá. Tem alguns brinquedinhos, decorações temáticas, um parquinho, mas o jardim não sabia que deveria estar ali também. Fazendo sua vez, um vasinho muito mixuruca na tentativa de justificar o nome pomposo.

A mocinha da recepção, muito gentil, pediu que esperasse a coordenadora.

Esperei.

Não demora muito chega a Sueli, a tal coordenadora da escola que abrigará meu rebento pelos próximos quatro anos. Cordialmente ofereceu-me uma cadeira. Não era para levar para casa, óbvio. Era para eu sentar.

Se você ainda não fez a primeira matricula do seu filho, prepare-se para uma pilha sem fim de termos e consentimentos e autorizações e desautorizações que necessitam ser devidamente assinadas em quatro vias, por você.

Mas não quero entrar nas minúcias dos documentos exigidos para a efetivação da matrícula.

Essa foi a novidade. 

Quero falar sobre o lugar-comum, algo que, de tão corriqueiro, acaba fazendo parte de você antes que perceba e antes que opte, ou não, pela posse da situação.

- Nome do pai?

- Ele é registrado em meu nome.

- Ah! – cara de quem não sabe o que falar; cara de espanto; cara de indignação; cara de “como pode não ser registrado no nome do pai?”.

Gente, desculpa aí, mas o filho é de quem?

Se é meu, sou eu quem decide – decidi, no passado – se terá ou não o nome do pai no registro de nascimento e demais documentos.

A gentil recepcionista fez coro com a coordenadora nas “caras”.

O que eu podia fazer? Compactuar com a situação e me sentir uma coitada e ter uma dó gigante do meu filhinho, pois não tem o nome do pai no registro de nascimento.
 
Coitada dessa criança...

O que será dela vivendo nesse mundo sem o nome do pai, não é?

Vejo, com pesar, que o destino dele está fadado ao fracasso...

Pobre criança sem pai.

O que me resta? O que restará a ele?

Na próxima visita à escolinha, vou reparar melhor no porteiro. Quem sabe ele não pode ser um forte candidato a ocupar a vaga?!

Se não for, rodopio no meu salto e volto à caça!


9 comentários:

  1. passei pela mesma situação ao matricular minha filha...

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  2. Gente que legal que encontrei vcs, achei ótima sua forma de escrever, enfim, encontrei algo real sem muito drama, por que afinal," a dor e a delicia de ser o que é"... cada uma é que sabe, e ocmo tem dor nessa caminhada, aff, ando por ai com uma tonelada nos ombros, mas por outro lado, como tem delicias né? Cada sorriso lindo de madrugada... Voltarei por aqui, amei mesmo.

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  3. Bom vou descrever minha estória antes de perguntar....
    Tive um relacionamento com uma mulher, durante 2 anos e 8 meses, dos quais passamos morando juntos 1 ano e meio.
    Nossa vontade sempre foi declaradamente de ter um filho, constituir família, etc... Só que ela por ja ter tido problemas de pressão, e ter que tomar remédio para tireoide, pois por atrofia da mesma, teve que retirar tal glândula, e fazer a reposição com hormônios.
    Por este motivo, ela achava que nunca iria engravidar.
    Nosso relacionamento começou a esfriar e a entrar em ritmo de rotina, tínhamos varias discussões, mais percebi em meados de Outubro de 2011 que ela não estava menstruando, e perguntei se ela não poderia estar gravida. Ela sempre negou, e no dia 02 de novembro, em pleno feriado, ela vem falando que não poderia dar mais o que eu queria como mulher (amor, sexo, atenção etc...), e que logo eu iria trair ela, por isso ela iria embora de casa.
    Tentei por varias vezes me reconciliar, mais em vão.
    Mesmo apos o termino ainda a indaguei sobre uma possível gravidez, e ela negou veementemente...
    Bom como não me senti confortável morando na casa, e na cidade onde estávamos, resolvi transferir minha faculdade para minha cidade natal, voltei a morar com meus pais, como ela também.
    Chegando aqui achei estranho ela ter me bloqueado em todas ar redes sociais, trocado o chip do celular, etc....
    Achei que era só pra esquecer o passado, e também fiz algumas coisas como excluir orkut etc... Mais eu sempre tive uma duvida, na época não sabia se era por motivos de resto de uma paixão ou amor inacabado, ou por ter algo de errado no mundo de OZ...
    Entrei no Facebook dela em fevereiro através de um outro Facebook que tenho, e vi que ela tinha ficado internada, me preocupei, e mandei uma mensagem para uma amiga em comum, e esta me fez de bobo, falando que estava tudo bem... Também vi outras mensagens como "em compasso de espera", "Ja estou em casa, apesar do susto não posso fazer nada..." entre outras...
    No dia 03/03/12 entrei novamente e vi um ex aluno dela a parabenizando pela filha que estaria por vir... Fiz as contas e vi que ela poderia estar de 6 meses. Perdi o chão, pois sempre quis ter um filho com ela, e alem de ter que superar a falta que ela me fazia sem querer ser melodramático, agora tinha mais isso, isso meio que encheu meu coração até de uma leda esperança, de reconciliação, peguei o carro enfrentei 3hrs de viagem, para ver do que se tratava, fui humilhado pelo pai dela, e destratado por ela. A mesma se recusou a passar seu novo celular, e limitou meu acesso a apenas email curtos e grossos, e mesmo assim so respondendo quando tinha vontade, e por telefone, ao qual ela nunca podia atender porque estava de repouso, pois apesar de eu ou minha advogada, não termos acesso a nenhum atestado medico falando de risco de gravidez, ela disse estar correndo o mesmo e que não poderia se "estressar"... e que pasmem, ela estava ja entrando no 9º MÊS DE GRAVIDEZ... E NÃO SEIS COMO DESCONFIAVA, RESUMINDO ELA SABIA QUE ESTAVA GRAVIDA QUANDO FOI EMBORA E OMITIU TAL INFORMAÇÃO.
    Ela alega que só descobriu a gravidez no 6º mês... Será?
    Mais o estranho é que ela divulgou a gravidez para quem ela quis, teve forças para recuperar a senha do meu email e entrar no mesmo para ver o que eu estava fazendo, e o mais hilário é que somente eu é que a estressava, ("nossa como sou um monstro...")
    Vejam, e o mais complicado, ela parou de me fornecer se quer as básicas informações se quer se ainda estava pelo menos viva.... e se limitou a falar que me avisaria quando a Bebe nascesse...
    Bom a bebe nasceu, e o que ela fez? A registrou somente no nome dela.... Grande mãe... Parabéns por tentar fazer de mais um anjo órfão de pai....

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    Respostas
    1. Cara, comigo aconteceu a mesma coisa.
      Descobri motivo dela sempre me evitar depois da gravidez...
      ... A puta estava na dúvida de quem era o PAI!.

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  4. Filosofia Urbana...

    Alguns bons homens estão por ai... algumas boas mulheres também...

    Mas nem sempre estes se encontram...

    Os "anjos" como vc falou, nao podem pagar por isso...

    Se tens certeza q a filha é sua, corra atrás disso, é um direito seu!

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  5. Filosofia Urbana, faça teste de DNA antes, não faça a burrada de criar esperma alheio por tabela.

    Sua ex pode muito bem ter esfriado a relação contigo pq tinha algum cafa na parada, vai ver o cafa comeu e saiu fora e deixou a bucha pra ela. Embora, provavelmente, ela voltaria a te procurar alegando que o filho era seu.

    Mova uma ação contra esta vadia, faça um teste de DNA, se for seu exija registra-lo em seu nome, já que é de sua vontade.

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  6. Oi.
    Sou mão solteira também. E estou com sérias dúvidas sobre matricula escolar. Soube que o Ministério da Justiça está obrigando (porque é LEI) todas as crianças terem certidões devidamente registradas em cartorio com nome dos respectivos pais. Mesmo que não esteja, o caso atualmente 2012 é encaminhado para audiencia futura pra investigação de paternidade. bem, antes de causar com esta pergunta, gostaria de informar que em Pernambuco, nas escolas públicas isso ACONTECE !
    E nas particulares ? respondam para luciula.lulu@gmail.com

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  7. Oi.
    Sou mão solteira também. E estou com sérias dúvidas sobre matricula escolar. Soube que o Ministério da Justiça está obrigando (porque é LEI) todas as crianças terem certidões devidamente registradas em cartorio com nome dos respectivos pais. Mesmo que não esteja, o caso atualmente 2012 é encaminhado para audiencia futura pra investigação de paternidade. bem, antes de causar com esta pergunta, gostaria de informar que em Pernambuco, nas escolas públicas isso ACONTECE !
    E nas particulares ? respondam para luciula.lulu@gmail.com

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  8. Oi,
    Sou mãe solteira também, meu filho está com quatro meses, procuro agir com naturalidade a curiosidade das pessoas em relação ao pai, o que mais incomoda é que você da todo amor pra criança, cuida, leva ao medico, alimenta, tudo tudo por ela e ninguem te parabeniza so vem aquela pergunta que doí "cadê o pai". Parabens a nos mães que damos tudo para nossos filhos que fazemos sentir amados e especiais.

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Meta a mamadeira!